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quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

A Civilização Egípcia









Foi uma das civilizações mais importantes da história Antiga. Desenvolveu-se na região do Crescente Fértil, no nordeste da África, uma região caracterizada pela existência de desertos e pela vasta planície do rio Nilo. A  parte fértil do Egito é praticamente um oásis muito alongado, proveniente das aluviões depositadas pelo rio. Nas montanhas centrais africanas, onde o Nilo nasce, caem abundantes chuvas nos meses de junho a setembro provocando inundações freqüentes nas áreas mais baixas (O “Baixo Nilo”). Com a baixa do Nilo o solo libera o humo, fertilizante natural que possibilita o incremento da agricultura. Para controlar as enchentes e aproveitar as áreas fertilizadas, os egípcios tiveram de realizar grandes obras de drenagem e de irrigação, com a construção de açudes e de canais, o que permitiu a obtenção de várias colheitas anuais, os egípcios aprenderem a utilizar as cheias e vazantes do rio a seu favor.
Dada esta característica natural, o historiador grego Heródoto dizia que “O Egito é uma dádiva do Nilo”.
O Egito, inicialmente, estava dividido num grande número de pequenas comunidades independentes: os nomos, que por sua vez eram liderados pelos nomarcas. Essas comunidades uniram-se e formaram dois reinos: o Alto e o Baixo Egito. Por volta de 3200 a.C., o rei do  Alto Egito, Menés, unificou os dois reinos.  Com ele nasceu o Estado egípcio unificado, que se fortaleceu durante seu governo com a construção de grandes obras hidráulicas, em atendimento aos interesses agrícolas da população. Menés tornou-se o primeiro faraó e criou a primeira dinastia.  

 

ANTIGO IMPÉRIO (3200 a.C. a 2300 a. C.)

 
Um Estado pacifista e dedicado à construção de Obras de drenagem e irrigação, que impulsionaram o desenvolvimento da agricultura. Foram construídas as célebres  pirâmides de Gizé: Quéops, Quéfren e Miquerinos. A autoridade do faraó é enfraquecida pela ação dos nomarcas, apoiada pela nobreza, os quais queriam mais autonomia para governar seus nomos.
 

MÉDIO IMPÉRIO (2100 a.C. a 1750 a. C.)

 
Os faraós reconquistaram o poder. Príncipes do Alto Egito restauraram a unidade política do Império e estabeleceram em Tebas a nova Capital. A massa camponesa, através de revoltas sociais, conseguiu o atendimento de algumas reivindicações, como por exemplo, a concessão de terras, a diminuição dos impostos e o direito de ocupar cargos administrativos até então reservados às camadas privilegiadas. Este período chega ao fim com a invasão dos hicsos, um povo de origem asiática, os quais criaram maiores dificuldades aos egípcios ao utilizarem cavalos e carros de combate, técnicas desconhecidas por eles, assim, dominaram o país e instalaram-se no delta do Nilo permanecendo na região aproximadamente dois séculos.
 

NOVO IMPÉRIO (1580 a.C. a 525 a. C.)

 
O período iniciou-se com  a expulsão dos hicsos e foi marcado por numerosas conquistas. Outra característica fundamental deste período foi o expansionismo e o poderio militar, pois a luta contra o invasor desenvolvera no egípcio um espírito militar conquistador. Outra características deste período é a tentativa de reforma religiosa imposta por Amenófis IV, substituindo os deuses tradicionais por Aton, simbolizado  pelo disco solar.  Esta medida visava diminuir o poder dos sacerdotes que acabaram por fim expulsos. Amenófis IV passou a se chamar Aquenaton que significa supremo sacerdote do novo deus. Seu sucessor Tutancâmon restaurou o culto aos deuses tradicionais, retomando a religião politeísta e pôs fim à revolução.
 
SOCIEDADE

 Havia diferentes camadas sociais, organizadas em castas hereditárias.  
Dominantes
  • faraó e família - este ficava acima de todos, por isso ocupa o topo da pirâmide.
  • Sacerdotes - senhores das crenças e dos cultos, presidiam as cerimônias e administravam o patrimônio dos templos, além de desfrutar da riqueza que vinha das ofertas do povo.
  • Escribas - trabalhavam na administração. Sabiam ler, contar e escrever, serviam também como fiscais, e organizadores de leis.
Dominados
  • Artesãos - trabalham na cidade em várias funções desde barbeiros até tecelões, ceramistas. Também trabalhavam na construção de templos e viviam na pobreza.
  • Felás -  camponeses,a maioria da população, viviam em miséria,
  • Escravos - presos de guerra, trabalhavam em serviço pesado, embora vivessem em condições precárias ainda tinham alguns direitos civis, como casar com alguém livre, ter bens e outros.

ECONOMIA

As principais atividades econômicas foram:

·                  agricultura: cultivo de trigo, linho e papiro.
·         Criação de animais: bois, carneiros, cabras aves. Depois da invasão dos hicsos, teve a criação de cavalos.
·         Comércio exterior: exportação de trigo, linho e cerâmicas para a Fenícia, Creta e Palestina e importação de marfim e peles de animais.

CULTURA

A grande influência que a cultura egípcia recebeu foi na religião, vez que eles eram politeístas e suas cerimônias eram patrocinadas pelo estado  e também realizadas pelo povo.
No culto patrocinado pelo estado, o destaque era para o deus AMON-RÁ (união do deus sol e deus protetor de Tebas).
Já no culto popular, a devoção maior era para OSÍRIS (deus da vegetação e dos mortos), ÍSIS (deusa irmã e esposa de Osíris) e HÓRUS (filho de Ísis e Osíris).
Por acreditarem na imortalidade da alma, eles preservavam o corpo dos mortos por meio da mumificação, junto ao corpo colocava-se alimentos, roupas jóias e um exemplar do Livro dos Mortos, para serem usados na vida após a morte.
 Na arquitetura o destaque fica a cargo das pirâmides. Que, para não deixar as coisas tão fáceis para os saqueadores, tinham no seu interior um verdadeiro labirinto.
 Na ciência, os egípcios se destacaram por desenvolver o saber científico:
  • química: manipulação de diversas substâncias para a fabricação de remédios.
  • matemática: ocorre o desenvolvimento da álgebra e geometria, devido as transações comerciais, exigindo assim a padronização de pesos e medidas.
  • astronomia: por usarem as estrelas para a navegação e atividades agrícolas, fizeram mapas do céu, agrupando e enumerando as estrelas.
  • medicina: a mumificação deu origem ao estudo do corpo humano.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

ARRUDA, José Jobson de A.; PILLETI, Nelson. Toda a História: História Geral e História do Brasil. 8. Ed. Ática, 1999.

BOULOS JÚNIOR, Alfredo. História, sociedade e cidadania. 6º ano. São Paulo: FTD, 2009.

BECKER, Idel. Pequena História da Civilização Ocidental, 11° edição, Companhia Editora Nacional – 1980.


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